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A nova edição do programa traz algumas novidades, como, por exemplo, a oportunidade dos candidatos usarem instrumentos nas apresentações. E não para por aí. A produção pretende emocionar o público, não só com o talento de alguns participantes, mas com a trajetória de cada um. Os episódios do programa, que serão exibidos todas as terças e quartas-feiras, vão focar nos dramas pessoais de alguns concorrentes. Essa combinação da história de vida com o talento musical tem dado bom resultado pelo mundo.

Susan Boyle que o diga. A escocesa é a mais recente revelação dos realities shows, que explodiu na internet e de repente se tornou um sucesso mundial. A cantora surgiu no programa "Britain's Got Talent", atração britânica que busca novos talentos. Boyle chamou atenção por sua aparência excêntrica, a qual fez com que os jurados duvidassem do seu talento. Mas foi só a cantora soltar a primeira nota de "I Dream I Dreamed", de "Os Miseráveis", que a plateia percebeu seu potencial.

A estrela perdeu a disputa para um grupo de dança, mas sua fama alcançou níveis de uma verdadeira diva da música. Tanta exposição acabou afetando o estado emocional da solteirona que afirmou nunca ter beijado um homem. Susan saiu da competição e teve que passar uns dias em uma clínica psiquiátrica para se recuperar.

Aqui no Brasil, as experiências com artistas revelados em realities shows não são muito boas. Poucos nomes ainda estão na mídia ou são conhecidos do grande público. Seja por falta de investimento das gravadoras ou falta de espaço na indústria musical, muitos talentos revelados desapareceram.

Quem não se lembra de Vanessa Jackson, vencedora da primeira edição do "Fama", da Rede Globo? Do Rouge, grupo formado pelas meninas que venceram o "Popstar" do SBT? E o anjo do programa de calouros do Raul Gil, Robinson Monteiro? Todos eles prometiam marcar o nome na música brasileira, mas acabaram sumindo.

A lista dos que tiveram seus 15 minutos de fama é grande. Outro que está na mira do esquecimento é o próprio vencedor da primeira edição do "Ídolos" na Record, o cantor Rafael Barreto. O rapaz até chegou a lançar um CD, "Pensando em Você", mas está longe de ser, de fato, um ídolo.

Nem todos fracassaram em sua busca pelo um lugar ao sol. Alguns dos nomes mais comentados do atual cenário pop internacional saíram de realities shows. Um grande exemplo é a cantora Kelly Clarkson. Considerada por muitos a "primeira e única" vencedora do "American Idol", a estrela já faturou dois prêmios Grammy e vendeu mais de 20 milhões de discos pelo mundo todo.

Outras revelações do mesmo programa são Carrie Underwood, que venceu a quarta edição, e Jordin Sparks, vencedora da sexta temporada. A primeira ganhou o maior prêmio da música country americana, quatro Grammy e ainda vendeu mais de 11 milhões de álbuns só nos Estados Unidos. A segunda gravou uma música com o cantor Chris Brown que estoutou no Brasil e no mundo, "No Air".

A Inglaterra também produziu sua superstar, a cantora Leona Lewis, vencedora da versão atualizada do "Idol", o "X-Factor". A moça ganhou seis discos de platina só no Reino Unido e dominou as principais paradas de sucesso do mundo com o single "Bleeding Love". Leona é considerada a nova Mariah Carey por alguns críticos britânicos.

Alguns nomes nem precisaram conquistar o primeiro lugar das competições para fazer sucesso. Esse é o caso de Jennifer Hudson, que ficou em sétimo lugar no "American Idol" em 2004, mas ganhou um Oscar pela sua atuação em "Dreamgirls".