Elenco traz Deborah Secco, Lázaro Ramos e Matheus Nachtergaele.
A série "Decamerão - A comédia do sexo", que estreia nesta sexta-feira (31), na TV Globo, após o Globo Repórter, promete misturar risos, sensualidade e um clima de fantasia. "São fábulas engraçadas e sensuais, que acontecem em um tempo e lugar fictícios", conta o diretor e roteirista do programa, Jorge Furtado, que além de uma extensa carreira na TV, levou aos cinemas tramas inventivas como "Meu tio matou um cara" e "O homem que copiava".
O programa é baseado nos contos populares de Giovanni Bocaccio, escritos há cerca de sete séculos, mas segundo o diretor, a trama será muito atual. "As questõ es de relacionamento ainda são as mesmas", diz Furtado. "Mas sempre tenho uma preocupação de fazer algo mais mágico; o realismo não me interessa", co mpleta.
Clima de fábula
Para fornecer o clima idealizado pelo diretor, o primeiro passo foi a escolha do elenco. "O maior desafio deste projeto é ter reunido um grupo tão espetacular de atores, tão disputados e ocupados", conta Furtado, que conseguiu atrair par ao projeto Lázaro Ramos, Deborah Secco, Daniel de Oliveira, Leandra Leal, Matheus Nachtergaele, Edimilson Barros e Drica Moraes.
O segundo desafio de Jorge Furtado foi encontrar o lugar perfeito para servir de cenário para "Decamerão". A locações escolhidas ficam na Serra Gaúcha, no interior dos municípios de Farroupilha e Garibaldi. "Como as histórias se passam no tempo e lugar da fábula, esses locais são perfeitos, bonitos, com montanhas verdes, florestas multicoloridas e riachos. Você espera a passagem da Branca de Neve a qualquer momento", afirma o diretor rindo.
Já o terceiro desafio de Furtado para levar "Decamerão" à TV foi construir um texto totalmente em rimas. "O verso estabelece um limite entre a vida e a ficção, o que eu acho muito interessante, além de dar musicalidade, poesia às cenas", diz.
Mas se as falas rimadas foram difíceis de escrever, foram ainda mais difíceis de interpretar, ao menos é o que contam os atores da série. “No início, tive dificuldades para decorar o texto, porque não podemos mudar nem um pouquinho”, diz Lázaro Ramos. “A gente tentava improvisar, mas éramos cortados”, acrescenta Deborah rindo. “Já que não dava para mudar as palavras, a gente teve que improvisar onde dava: nas caretas”, afirma Matheus.
“É difícil mesmo, os atores têm que ensaiar muito para falar naturalmente”, diz o diretor gaúcho. "Mas eles conseguiram superar."